DICAS DA DRA CLÁUDIA LESCHONSKI
CASO DE PSI MAGRO
O PSI tem o metabolismo mais ativo de todas as raças de cavalos, ou seja, se ele fosse um automóvel, seria um carro esporte que faz três quilômetros por litro: foi selecionado não para ser econômico, mas para ter performance de ponta. Isto significa que a conversão alimentar dele é a pior de todas as raças eqüinas. Para isto contribui também o seu temperamento, que tende a se estressar com facilidade, especialmente se o manejo for ruim (excesso de confinamento, sem companhia de outros cavalos, etc...), ainda mais para garanhões. Quanto mais alto o cavalo, maior será sua necessidade calórica.
A primeira coisa a avaliar seria verificar o regime nutricional do cavalo, em relação a biotipo e tipo de atividade, vendo se as necessidades calóricas dele estão realmente sendo atendidas pelo alimento que ingere. Como se sabe, todo cavalo precisa de volumoso de boa qualidade em quantidade abundante, o que em um cavalo destes pode chegar a 12 kg de feno e/ou 40 kg de pasto verde ou capineira por dia. É um erro comum pretender engordar os cavalos à base de ração, o que pode desencadear cólicas fatais; todo tipo de concentrado, também para um PSI, é apenas o complemento que fornece as calorias que “não cabem” no volumoso. Além disto, cavalos do tipo do seu precisam de ração de qualidade (não as linhas de manutenção, mais baratas). Seria interessante ainda complementar o volumoso com feno de alfafa, até 30% (ex: 10 kg de feno de gramínea e 3 kg de feno de alfafa por dia).
Em alguns casos, podem ser indicados, além dos suplementos vitamínicos e minerais, complementos calóricos, tais como rações especiais, farinha de linhaça ou óleo vegetal. Tudo isto sob prescrição do Médico Vveterinário familiarizado com o animal. Também deve ser observado se cavalo está comendo ração em excesso e menos volumoso (8 kg de ração certamente é demais, hoje em dia preconiza-se nunca dar mais de 6 kg, preferindo qualidade da ração = topo de linha, e não quantidade.)
Em seguida, devemos descartar doenças crônicas, através do exame clínico, complementado conforme o caso por exames laboratoriais, executados por um veterinário especializado em clínica equina. Recomendaria um hemograma completo com testes para Babesiose, Erlichiose e Leptospirose. Dosagens hormonais para tireóide e adrenal (Doença de Cushing) podem ser indicadas, além de função hepática e proteína plasmática. Ao mesmo tempo, é fundamental que o cavalo seja examinado por um dentista especializado – se isto nunca foi feito, a probabilidade dele ter problemas dentários é muito grande.
Também não descarte a possibilidade de Verminose, pois a resistência a vermífugos tem acontecido de maneira crescente, além de gastrite e/ou úlcera gástrica, e também com a alimentação excessivamente rica em amidos (que sobrecarregam o estômago) e pobre em volumosos. Infelizmente, no Brasil há pouquíssimos gastroscópios para eqüinos, o que dificulta o diagnóstico preciso; muitas vezes, precisamos fazer um tratamento experimental com medicamentos anti-gastrite, para avaliar a resposta clínica do animal.
Todas estas hipóteses são corriqueiras na clínica eqüina. Gostaria de enfatizar que em geral não é produtivo, além de ser anti-econômico, tratar este tipo de situação aleatoriamente, sem obter um diagnóstico das causas dos problemas descritos.
Gostaria ainda de convidá-los a conhecer a Linha de Suplementos JCR da VETNIL, com formulações modernas e reforçadas, desenvolvida especialmente para cavalos destinados a se tornarem atletas de alto desempenho. Para mais detalhes, visite o Site www.linhajcr.com.br.
(Fonte: VETNIL).
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